Na quinta-feira (15/8), vários governos da Europa e também o Equador convocaram embaixadores para pedir informações sobre a série de violência no Egito. Tovar disse ainda que o embaixador brasileiro no país faz relatos frequentes da situação, daí a importância da permanência. Segundo ele, o agravamento da crise, acentuada pela morte de 525 pessoas durante confrontos entre manifestantes e policiais, é acompanhado com atenção pelas autoridades do Brasil.
[SAIBAMAIS];Acompanhamos com preocupação o que ocorre no Egito e aguardamos também a avaliação da comunidade internacional, como houve ontem [15] com o Conselho de Segurança [das Nações Unidas] que pediu o fim da violência e a máxima contenção;, ressaltou Tovar à Agência Brasil.
Simpatizantes do presidente deposto Mohamed Morsy convocaram para esta sexta-feira (16/8) mais um dia de manifestações, denominado "sexta-feira da ira". Desde junho, os protestos se tornaram frequentes no Egito. Ativistas favoráveis e contrários a Morsy se enfrentam nas ruas do Cairo, a capital, e das principais cidades egípcias.
Os protestos mais intensos ocorreram de terça-feira (13/8) para quarta-feira (14/8). O Brasil e representantes de vários países condenaram a violência no Egito. Para algumas autoridades, as forças policiais promoveram um grande massacre. No balanço oficial, entre os mortos há 43 policiais. Mas, a maioria dos 525 mortos é de civis.
O Itamaraty diz que não há brasileiros entre as vítimas nem registros de incidentes. Ao mesmo tempo, a embaixada mantém o alerta e o funcionamento, em regime de plantão, para o atendimento aos brasileiros. Porém, são estudadas medidas adicionais, em caso de agravamento da situação no Egito.
Na quinta-feira (15/8), a Embaixada do Brasil no Egito recomendou aos 140 brasileiros que vivem no país e também aos turistas que evitem transitar em áreas onde há riscos de protestos. ;Em razão do ambiente de instabilidade política que se vivencia no Egito, a Embaixada do Brasil recomenda à comunidade brasileira e aos turistas que visitam o país evitar transitar em áreas da capital e de outras cidades onde possam ocorrer manifestações públicas;, diz o texto.