Bogotá - O coronel da reserva da polícia colombiana Hugo Aguilar, que em 1993 comandou a operação que matou o narcotraficante Pablo Escobar, foi condenado a nove anos de prisão por vínculos com paramilitares, anunciou a Suprema Corte de Justiça. O tribunal determinou que Aguilar foi eleito governador do departamento de Santander (nordeste) em 2003 com o apoio das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), uma organização de extrema-direita que desmobilizou 31.000 combatentes em 2006.
Em 2011, a Procuradoria - entidade que supervisiona os funcionários públicos mas que não tem competência penal - cassou os direitos políticos de Aguilar por 20 anos, por colaboração com as AUC, acusadas de crimes contra a humanidade na luta contra as guerrilhas de esquerda. Aguilar comandou a operação da unidade de elite da polícia que matou Escobar em 2 de dezembro de 1993, após vários anos de intensa busca com apoio dos Estados Unidos.
[SAIBAMAIS] líder do cartel de Medellín controlou o tráfico de cocaína para os Estados Unidos a partir dos anos 1980 e morreu após um confronto com membros do Bloco de Busca na cidade de Medellín. O coronel aparece em vários documentários estrangeiros falando sobre a operação. Segundo o ex-chefe paramilitar Edgar Cobos, antes da eleição Aguilar compareceu a uma reunião paramilitar com simpatizantes e "se incorporou ao projeto político das AUC".
O ex-senador Luis Alberto Gil foi condenado a sete anos de prisão, mas já recuperou a liberdade. Outros sete governadores provinciais eleitos em 2003 foram condenados a prisão por pactos para obter o apoio dos paramilitares a suas candidaturas em zonas de influência das AUC.