[SAIBAMAIS]Erdogan, líder do Partido de Justiça e Desenvolvimento (AKP), de inspiração islamita, criticou desde o início a destituição do presidente egípcio Mohamed Mursi, que chamou de "golpe de Estado". "Os Estados que permanecerem calados diante destas matanças serão tão responsáveis quanto os golpistas. Calar significa aprovar a violência", disse o premier turco. "Permanecer como simples espectador diante deste golpe, não denunciá-lo e não ter sequer a dignidade de classificá-lo como tal significa ser cúmplice da morte de crianças", concluiu Erdogan.
Emirados Árabes Unidos e o reino do Bahrein, países do Golfo, no entanto, manifestaram apoio à repressão do governo egípcio. Em um comunicado, o ministério das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos afirma "compreender as medidas soberanas adotadas pelo governo egípcio após ter mantido moderação máxima nos últimos tempos". Ao mesmo tempo, a nota pede reconciliação nacional.
O reino do Bahrein considerou que "as medidas tomadas no Egito para restabelecer a ordem respondem a um pedido dos cidadãos, que o Estado tem o dever de proteger". Os dois países do Golfo, ao lado da Arábia Saudita e Kuwait, receberam de maneira favorável a derrubada do presidente islamita Mohamed Mursi em julho. Na Europa, a Dinamarca anunciou a suspensão da ajuda ao Egito.