Tóquio - O ministro japonês do Interior e das Comunicações, Yoshitaka Shindo, visitou nesta quinta-feira o santuário Yasukuni - visto pelos países vizinhos como um símbolo do passado militarista do Japão - por ocasião do aniversário da capitulação do país, em 1945, constatou a AFP no local.
Shindo, ministro do governo de direita de Shinzo Abe, rezou no polêmico templo xintoísta 68 anos após a derrota do Japão na II Guerra Mundial.
O primeiro-ministro Abe não tem planos para visitar o santuário, em uma atitude que reflete seu desejo de evitar a deterioração das relações com os vizinhos do Japão, particularmente a China, com a qual disputa a soberania das Ilhas Senkaku.
Segundo a imprensa japonesa, o vice-premier, Taro Aso, e o ministro das Relações Exteriores, Fumio Kishida, não visitarão o templo.
Situado no coração de Tóquio, o santuário Yasukuni presta homenagem aos cerca de 2,5 milhões de soldados japoneses mortos nas guerras modernas, entre eles 14 militares condenados por crimes de guerra pelos Aliados após a II Guerra Mundial.
Entre eles figura o general Hideki Tojo, primeiro-ministro do Japão durante o ataque a Pearl Harbor, no dia 7 de dezembro de 1941, que provocou a entrada dos Estados Unidos na guerra.
As relações do Japão com seus vizinhos seguem marcadas pela lembrança das atrocidades perpetradas pelas tropas imperiais durante a colonização da Península coreana (1910-1945) e a ocupação parcial da China (1931-1945).