Ao se referir à parceria estratégica entre os dois países, Kerry disse esperar que sejam firmados acordos além do interesse comercial, como o que trata do acesso à tecnologia de ponta. Na reunião, mencionou-se o fato de estar em curso uma negociação com a França relativa à transferência de tecnologia para a construção de um submarino nuclear no Brasil.
Antonio Patriota ressaltou, durante o encontro, o esforço brasileiro para superar o déficit na balança comercial com os Estados Unidos. Kerry, no entanto, demonstrou preocupação com o fato de a China ser a primeira parceira comercial do Brasil, seguida pelos Estados Unidos. Nos últimos cinco anos, o fluxo de comércio entre Estados Unidos e Brasil aumentou 11,3%, passando de US$ 53,1 bilhões para US$ 59,1 bilhões. Em 2012, os Estados Unidos foram o maior investidor estrangeiro no Brasil.
O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, citou, durante o encontro, a habilidade e a capacidade das empresas brasileiras, principalmente no setor de agronegócios, para desenvolver parcerias com as norte-americanas, sem provocar disputas. Temas como este deverão constar da agenda durante a visita de Dilma a Washington, em 23 de outubro.