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Justiça egípcia prolonga prisão preventiva do presidente deposto Mosry

Morsy é acusado de envolvimento em operações violentas durante a revolta contra o então presidente Hosni Mubarak em 2011



Mas à noite na praça Rabaa al-Adawiya, reduto dos pró-Mosry transformado em base, oradores condenavam o "golpe de Estado" e faziam ameaças, inflamando a multidão, enquanto os alto-falantes difundiam cânticos religiosos a todo volume.

"Nós teremos mártires. O preço a pagar será alto, mas a vitória nos espera no fim do caminho", disse à AFP um dos voluntários encarregados de garantir a segurança no ato.

Prevendo uma dispersão à força, os pró-Mosry ergueram barricadas feitas de sacos de areia e tijolos.

-- Aumento da tensão --

Várias autoridades das forças de ordem disseram à AFP que a dispersão só será realizada após um cerco e "várias advertências", que poderão durar "dois ou três dias".

Grande parte da população pede que o governo interino empregue suas forças para dispersar de forma rápida os manifestantes.

Enquanto isso, governos de vários países pedem moderação a ambas as partes. Há muitas mulheres e crianças entre as pessoas reunidas nas praças Rabaa al-Adawiya e Rabaa.

Nesta segunda, a justiça do país aumentou ainda mais a tensão das autoridades interinas com a Irmandade Muçulmana, o influente movimento de Mosry , prolongando em 15 dias a detenção preventiva do ex-presidente, acusado de ter fugido da prisão no início de 2011, em meio à revolta popular que derrubou o presidente Hosni Mubarak.

A justiça suspeita que ele tenha sido ajudado pelo grupo palestino Hamas.

Pouco depois, os Estados Unidos pediram às novas autoridades egípcias o fim de todas as "detenções políticas", mas não mencionaram explicitamente a de Mohamed Mosry .

"Nossa posição não mudou. Seguimos pedindo o fim de todas as detenções motivadas por razões políticas e insistimos que elas não ajudam o Egito a superar a crise", declarou a porta-voz adjunta do Departamento de Estado, Marie Harf.