O caso foi suspenso em 8 de julho, com alegação de que Csatary já havia sido condenado pelos atos recriminados. Na semana passada, no entanto, a justiça decidiu que o caso poderia prosseguir, depois que a promotoria apelou com sucesso contra a suspensão. O tribunal de Kosice comutou oficialmente a pena de morte para prisão perpétua em abril e abriu caminho para a extradição solicitada por Bratislava.
O tribunal eslovaco examinaria o caso em 26 de setembro. "Nunca acreditamos que Csatary viveria o suficiente para ser julgado", afirmou Lucia Kollarova, porta-voz da Federação Eslovaca das Comunidades Judaicas à AFP. Nos últimos anos, as autoridades europeias intensificaram os esforços para julgar as pessoas envolvidas no Holocausto.
O ex-guarda do campo de Sobibor John Demjanjuk, condenado em 2011 a cinco anos de prisão e que morreu em 2012 com 91 anos, compareceu de cadeira de rodas ou de maca ao julgamento, condições que algumas pessoas denunciaram como puro teatro. O caso criou um precedente na Alemanha, porque o fato de ter trabalhado em um campo de concentração era suficiente para considerar Demjanjuk culpado de cumplicidade de assassinatos.
O Estado alemão estuda atualmente quase 50 casos. Em maio, Hans Lipschis, de 93 anos, foi detido na Alemanha como suspeito de cumplicidade nos assassinatos cometidos no campo de Auschwitz, onde teria sido guarda. Lipschis negou as acusações e disse que foi apenas um cozinheiro.