[SAIBAMAIS]Em Jerusalém Oriental, as licitações são sobre casas em Har Homa e Gilo, no sul da cidade, e em Pisgat Zeev no norte. Na Cisjordânia, preocupam, em especial, as colônias de Ariel, Maaleh Adoumim (leste de Jerusalém), Efrata (próximo de Belém) e Beitar, indicaram as autoridades israelenses. O negociador palestino pediu aos Estados Unidos assumir posição "clara e firme" para pôr um freio a esses "ataques israelenses na Cisjordânia, e particularmente em Jerusalém". Ele descreveu a licitação como um fato de que Israel aplica para "determinar as negociações na direção que convém".
O assunto das colônias, que fez as negociações anteriores fracassarem em 2010, é crucial para o desenvolvimento das negociações. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou proclamar o congelamento da colonização como os palestinos reivindicam antes do começo das negociações. Em Ramallah, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abas, encontrou neste domingo o mediador norte-americano Martin Indyk, segundo a agência palestina Wafa.
Indyk reiterou a Abas o apoio de seu homólogo norte-americano nessas negociações que devem levar a um acordo de paz daqui a nove meses, segundo o objetivo fixado pelo secretário de Estado norte-americano John Kerry. Netanyahu enviou uma carta a Kerry para se queixar das "provocações" de Abas, informou um de seus colaboradores à AFP.
O primeiro-ministro se referia a declarações realizadas por Abas e publicadas em jornais egípcios em julho, onde indicava que os "palestinos não querem ver nenhum israelense - civil ou soldado - em suas terras neste acordo final". "As provocações e a paz não podem coexistir", afirmou Netanyahu em sua carta. Lior Amihai, da ONG israelense anti-colonização La Paz Ahora, considerou que se as negociações fracassassem por causa das construções nas colônias, o Estado hebraico poderia se encontrar em uma posição mais desfavorável que antes da retomada das discussões diretas. "Devemos apoiar e animar as negociações", acrescentou. "É verdadeiramente uma lástima que o governo escolha por obstáculos no caminho".
Em sinal de boa vontade, o governo israelense deve aprovar neste domingo a liberação de um primeiro grupo de 26 presos palestinos. Tzipi Livni, ministra da Justiça e chefe de negociações israelense, encontrará o ministro de Defesa, Moshe Yaalon, e o ministro de Ciência e Tecnologia, Yaakov Peri, no domingo para validar esta decisão.
No total, as autoridades israelenses se comprometeram a liberar por etapas 104 detidos palestinos, que foram presos antes dos acordos de Oslo, em função do avanço das negociações de paz.