Buenos Aires - Cerca de 30 milhões de argentinos votavam neste domingo (11/8) em eleições primárias abertas e obrigatórias de todos os partidos políticos diante da aproximação das eleições legislativas de outubro, que marcam a metade do segundo mandato da presidente Cristina Kirchner.
As eleições começaram às 8h locais (mesmo horário de Brasília) com a abertura dos centros de votação e se estenderão até as 18h nos 24 distritos do país, mas os primeiros resultados devem começar a ser divulgados a partir das 21h00.
As primárias simultâneas e obrigatórias (PASO) são realizadas pela segunda vez na Argentina e são um mecanismo de eleição de candidatos de todos os partidos em um só dia.
[SAIBAMAIS]Elas entraram em prática pela primeira vez nas eleições presidenciais de 2011, e seu resultado servirá como um termômetro que antecipa as tendências para as legislativas de 27 de outubro, quando serão renovados a metade da câmara de Deputados, de 257 assentos, e um terço do Senado, de 72 integrantes, ambos dominados pelo governismo.
Os jovens de 16 a 18 anos estão habilitados pela primeira vez a votar, mas sua participação não é obrigatória. A província de Buenos Aires, com 37,3% do total de 30,5 milhões de argentinos convocados às urnas, é o cenário político onde será travada a principal batalha eleitoral entre o governismo e a oposição.
Os outros três principais distritos são as províncias de Córdoba, Santa Fé e a Capital Federal, todos governados por opositores a Kirchner e que concentram 25,4% dos eleitores.
O governista Frente para a Vitória, partido de Kirchner, apresenta o prefeito de Lomas de Zamora (periferia sul), Martín Insaurralde, como seu principal candidato em Buenos Aires.
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Seu principal opositor, que lidera as pesquisas nesta província chave, é Sergio Massa (Frente Renovadora), prefeito de Tigre (periferia norte) e ex-chefe de gabinete de Kirchner (2008-2009), que se apresenta por fora do peronismo governante. Segundo diversas pesquisas, Massa tem 32,8% das intenções de voto, mas Insaurralde o segue de perto com 30,1%.
Na Argentina, a divulgação de pesquisas de intenção de voto e de mensagens de propaganda está proibida, assim como pesquisas de boca de urna. Cerca de 90.000 integrantes das forças de segurança provinciais e federais participam da operação eleitoral.