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Partidários de Mohamed Morsy convocam novos protestos no Egito

A Aliança contra o Golpe de Estado e pela Democracia pediu em um comunicado o prosseguimento da "luta pacífica" com marchas na capital e em todo o país depois da grande oração desta sexta-feira, prevista para o meio-dia local

Cairo - Os partidários do presidente islamita deposto Mohamed Morsy, destituído pelo exército, convocaram novos protestos no Egito nesta sexta-feira (9/8), apesar das ameaças de uma iminente dispersão pela força das duas praças que ocupam há mais de um mês no Cairo. A Aliança contra o Golpe de Estado e pela Democracia, que reúne os partidários de Morsy, pediu em um comunicado o prosseguimento da "luta pacífica" com marchas na capital e em todo o país depois da grande oração desta sexta-feira, prevista para o meio-dia local (07h00 de Brasília).

[SAIBAMAIS]Os partidários de Morsy estão dispostos a protestar "até o retorno ao poder do presidente". Nos últimos dez dias a crise se agravou com o fracasso das tentativas de mediação internacional e o anúncio do governo interino, instaurado pelo exército, de que os protestos dos partidários de Morsy serão dispersados pela força após o fim do Ramadã, que terminou na quinta-feira (8/8).



Morsy, membro do movimento islamita da Irmandade Muçulmana, é o primeiro presidente egípcio eleito democraticamente. Foi deposto e detido pelo exército no dia 3 de julho, em resposta, segundo os militares, às expectativas de milhares de manifestantes que exigiam sua renúncia. Na quinta-feira, o primeiro-ministro interino, Hazem el-Beblawi, advertiu que "a situação está se aproximando do momento que nós preferíamos evitar".