A explosão coroou um Ramadã sangrento no Paquistão, onde pelo menos 11 ataques mataram mais de 120 pessoas durante o mês de jejum, um dos períodos mais sagrados do calendário islâmico. O mês termina com o festival de Eid al-Fitr, que começa no Paquistão na sexta-feira. Na quarta-feira, uma bomba matou oito pessoas no fim de uma partida de futebol na maior cidade do Paquistão, Karachi, muitos deles jovens fãs que assistiam ao jogo das arquibancadas. E na terça-feira separatistas do Baluchistão mataram 14 pessoas, incluindo três agentes de segurança, 70 km a sudeste de Quetta.
O Paquistão também vive uma tensa disputa com a Índia pela morte de cinco soldados indianos na região da Caxemira, nesta semana. Nesta quinta-feira, o governo indiano acusou diretamente pela primeira vez o exército paquistanês pelo envolvimento nas mortes. O ministro da Defesa indiano, A. K. Antony, advertiu que a emboscada contra seus soldados prejudicará os laços com Islamabad, e insinuou uma ação militar mais forte ao longo da Linha de Controle que divide a Caxemira nos setores indiano e paquistanês. O Paquistão nega qualquer envolvimento nas mortes e o primeiro-ministro Nawaz Sharif tentou aliviar as tensões nesta quinta-feira insistindo que ambos os lados trabalhem rapidamente para fortalecer o cessar-fogo, que já dura dez anos.