Bogotá ; Economicamente, a Colômbia está entre as cinco maiores economias da América do Sul. A pobreza diminuiu quase 33% nos últimos cinco anos e o país já não faz parte da lista dos dez países mais desiguais do mundo. Melhorias que se fazem notar no aquecido mercado da construção civil da capital e no centro financeiro vigoroso.
Por outro lado, persiste o conflito armado mais longo da América Latina. Em quase meio século de guerra, o resultado foi milhares de vítimas e violações perpetradas. O programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, esteve em algumas regiões do país em que a guerra continua e conheceu os contrates do país.
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A reportagem constatou os problemas enfrentados por mais de 12% da população diretamente atingida pela guerra. Em meio às negociações de paz entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), colombianos apoiam o processo e esperam pelo fim do conflito, que já vitimou milhares de pessoas.
Muitas delas são vítimas de deslocamento interno, minas antipessoais, sequestros, desaparecimentos, massacres, recrutamento de crianças, violência sexual e execuções extrajudiciais. Esses crimes foram cometidos por representantes de todos os lados: militares, paramilitares e guerrilheiros. Em cada lado, há vítimas e agressores.
O governo colombiano aposta na negociação para terminar o conflito e, na semana passada, admitiu a responsabilidade do Estado nas violações de direitos humanos cometidas. As Farc também disseram, em Havana, onde se concentra a mesa negociadora, que a guerrilha está sensível às ;demandas das vítimas;. Entre promessas e o diálogo, a população se mobiliza. Vítimas se organizam para reconstruir a memória dos que perderam para a guerra.