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Atentados em Bagdá deixam ao menos 27 mortos e 100 feridos nesta terça

Na capital, a série de atentados aparentemente coordenados, com o uso de pelo menos quatro carros-bomba e três artefatos explosivos, atingiu quatro bairros, deixando 27 mortos e cerca de cem feridos até o momento

Pelo menos 27 pessoas morreram e cerca de cem ficaram feridas nesta terça-feira (6/8) à noite em uma nova série de atentados em Bagdá, informaram fontes policiais e médicas.

Em todo o país, o número de mortos nesta terça-feira (6/8) chega assim a 32.

Na capital, a série de atentados aparentemente coordenados, com o uso de pelo menos quatro carros-bomba e três artefatos explosivos, atingiu quatro bairros, deixando 27 mortos e cerca de cem feridos até o momento.

Os atentados ocorrem oito dias depois de uma série de ataques coordenados com carros-bomba em bairros de maioria xiita em Bagdá e no sul do país que deixaram sessenta mortos.

Depois desses ataques as forças de segurança iniciaram vastas operações contra grupos armados em várias províncias do país, principalmente no nordeste do Iraque, onde os atentados são quase diários.

Outras cinco pessoas morreram em episódios de violência em outras partes do Iraque, segundo fontes oficiais.

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A nordeste de Bagdá, dois extremistas foram mortos na região de Muqdadiya quando levavam transportavam explosivos em dois caminhões, indicaram autoridades.

Um policial à paisana também foi morto por homens armados em uma moto em frente a sua casa em Fallujah, no oeste do país, enquanto outras duas pessoas foram abatidas e quatro ficaram feridas na explosão de uma bomba em sua residência em Khanaqin, no leste do Iraque.

O Iraque enfrenta a maior onda de violência no país desde 2008, quando saía de um sangrento conflito sectário.

As forças de segurança lançaram grandes operações contra militantes em várias províncias, incluindo Bagdá.

A violência aumentou este ano, principalmente depois das operações de 23 de abril para impedir protestos de sunitas contra o governo.

No final de 2012 foram registrados grandes protestos nas regiões sunitas. Os sunitas acusam o governo xiita de marginalizá-los.

Especialistas consideram que a revolta sunita é a principal causa da violência registrada este ano.