O pai de Khodorkovski, Boris, mostrou-se decepcionado. "Dois meses, é humilhante para o país inteiro", declarou. A defesa dos dois homens, que exigia o cancelamento da segunda condenação e sua libertação imediata, declarou que recorrerá da sentença. "Temos a possibilidade de recorrer ao Presidium da Suprema Corte", a máxima instância judicial na Rússia, declarou o advogado de Khodorkovski, Vadim Kliuvgant, citado pela agência RAPSI.
Khodorkovski aproveitou seu novo julgamento para criticar com violência o uso das forças de segurança para lutar contra os opositores ao regime. "Desde o caso Yukos, a promotoria e o comitê de investigação se converteram com a televisão nos principais instrumentos da política interna", lançou. A justiça russa é acusada frequentemente pelos defensores de direitos humanos de decidir em função de motivações políticas, como quando condenou em 2012 as integrantes do grupo Pussy Riot por uma oração punk contra Vladimir Putin ou no mês passado o opositor Alexei Navalny por fraude, um caso, segundo ele, fabricado para incriminá-lo.