WASHINGTON - A taxa de desemprego nos Estados Unidos caiu 0,2 ponto em julho a 7,4%, atingindo um mínimo em quatro anos, apesar da criação de emprego se situar abaixo das expectativas, segundo os dados oficiais publicados nesta sexta-feira (2/8).
A média das previsões dos analistas apontava que a queda do desemprego seria mais baixa, com uma queda de 0,1 ponto, em relação à taxa de junho (7,6%).
Contudo, a criação líquida de empregos, de 162.000 novos postos, foi menor que as expectativas dos especialistas que projetavam um nível de 175.000.
O Departamento de Trabalho informou que a taxa de desemprego caiu a um mínimo desde dezembro de 2008, quando este indicador se situou em 7,3%.
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Há um ano, a taxa de desemprego estava em 8,2%.
Os dados de criação de emprego em junho foram revisados para baixo a 188.000 novos postos, frente a 195.000 estimados inicialmente.
"Em julho, o emprego melhorou nos setores da distribuição, a restauração, os serviços financeiros e o comércio varejista", disse Erica Groshen, diretora da unidade de estatísticas do Departamento de Trabalho.
"Nos 12 últimos meses, a criação de emprego subiu a uma média de 189.000 por mês", informou.
Esta melhora do panorama do emprego aumenta as possibilidades de que o Federal Reserve comece a diminuir, a partir de setembro, suas compras de títulos destinadas a estimular a economia.
Contudo, a queda da taxa de desemprego se explica, em grande medida, pelo efeito matemático que teve a queda da população ativa, que passou de 63,5% em junho a 63,4%, destacaram vários analistas.
"A metade da queda da taxa se deve a uma queda dos que procuram emprego", estimaram os analistas de Nomura Global Economics.
"É um relatório bem decepcionante, apesar da queda do desemprego. O número de novos empregos é menor que o esperado", destacou Joel Naroff, analista independente.
Neste sentido, o especialista disse que estas condições não favorecem que o Fed corte suas compras de títulos e comece a mudar o rumo de sua política monetária.
A Casa Branca considerou que "apesar de ainda faltar muito a fazer, os dados de emprego são uma nova confirmação de que a economia norte-americana continua se recuperando após a pior queda desde a Grande Depressão".
O presidente da Câmara dos Deputados, o republicano John Boehner, disse em um comunicado que "três anos depois de o governo de Obama dar ;as boas vindas à recuperação;, os novos empregos não são suficientes e a taxa de desemprego é mais alta que a prometida".
O total de desempregados foi de 11,5 milhões de pessoas, dos quais 4,2 milhões são desempregados de longa duração (mais de seis meses sem emprego).
Além disso, há 8,2 milhões pessoas que trabalham meio período porque não encontram um trabalho em tempo integral.