NOVA YORK - A ONU anunciou nesta quinta-feira (1/8) que ordenou uma primeira missão que utiliza aviões não tripulados ("drones") sem capacidade de fogo, fornecidos por uma empresa italiana, para patrulhar zonas do leste da República Democrática do Congo.
O anúncio foi feito no momento em que as tensões voltam a subir perto da cidade de Goma. Apoiado por forças de paz das Nações Unidas, o Exército da RD Congo estabeleceu uma zona de segurança nesta quinta-feira, depois de dar um ultimato ao grupo rebelde M23 para que deixe a cidade.
Se o teste for bem-sucedido na RD Congo, onde os "drones" também serão utilizados para vigiar a fronteira com Ruanda e Uganda, essas aeronaves também poderão ser usadas em outras missões da ONU, como no sul do Sudão e na Costa do Marfim.
O porta-voz da ONU, Martin Nesirky, disse que o envio dos veículos aéreos não tripulados será assumido pela Selex ES, uma filial do gigante italiano Finmeccanica, e está previsto "para as próximas semanas".
"O uso de veículos aéreos não tripulados permitirá às nossas forças de paz na RD do Congo controlar melhor os movimentos dos grupos armados e proteger a população civil de maneira mais eficiente", completou Nesirky.