Suas declarações se seguiram ao comovente testemunho de Michelle Knight, que contou ao tribunal, em lágrimas, o "inferno" que viveu na casa de Cleveland, após o seu rapto por Ariel Castro.
"Eu vivi onze anos de inferno, agora o seu inferno está apenas começando", prometeu ao seu agressor, enxugando as lágrimas.
"Eu vou superar o que aconteceu. Você viverá no inferno por toda a eternidade", disse ela, lendo um texto preparado com antecedência. "Eu posso perdoar, mas nunca vou esquecer", acrescentou, na frente de um impassível Ariel Castro.
"Eu viverei (...) enquanto você morrerá pouco a pouco a cada dia pensando nos onze anos e nas atrocidades que você nos infligiu", declarou.
Os policiais descreveram ao tribunal o horror que eles encontraram na casa de Ariel Castro.
A oficial de polícia Barb Johnson contou como ela descobriu as três jovens em cativeiro: "Eu me lembro de um ambiente muito sombrio", relatou, ao falar da dificuldade em subir as escadas cheias de móveis empilhados e "cortinas pesadas". Depois, Michelle Knight "literalmente se jogou nos braços" de um segundo policial e repetia sem parar: ;Vocês nos salvaram, vocês nos salvaram;".
Michelle Knight, de 32 anos, Amanda Berry, de 27, e Gina DeJesus, de 23, foram sequestradas na rua em momentos diferentes quando tinham respectivamente 20, 16 e 14 anos. Durante os anos de cativeiro, elas eram constantemente espancadas e estupradas. Amanda Berry também teve uma filha, Jocelyn, nascida em cativeiro e com seis anos no momento da libertação. Testes de DNA confirmaram que Castro era o pai.