Islamabad - O ex-presidente paquistanês, Pervez Musharraf, será formalmente acusado do assassinato da adversária Benazir Bhutto, que morreu em 2007 durante um comício eleitoral, um primeiro revés para o ex-chefe do Exército do Paquistão, indicaram nesta terça-feira (30/7) os advogados.
Um dos advogados de Musharraf, Ahmed Raza Kasuri, assegurou que o ex-militar, que chegou ao poder em 1999 após um golpe de Estado, não se reconhece culpado neste caso, mas que se apresentará ao tribunal. Ninguém foi condenado pelo assassinato de Benazir Bhutto. O regime de Musharraf acusou na época o chefe do Talibã paquistanês TTP, Baitullah Mehsud, que negou qualquer envolvimento.
Além do caso Bhutto, Musharraf está na mira de um tribunal paquistanês pela imposição de um estado de emergência em 2007 e pelo assassinato, um ano antes, em uma operação militar de Akbar Bugti, um líder rebelde da província do Baluchistão (sudoeste).