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Papa Francisco defende colegas envolvidos em escândalos na Cúria

O pontífice declarou a vontade de reformar a Santa Sé e que não poupa críticas ao carreirismo e ao mundanismo

Cidade do Vaticano - O papa Francisco declarou nesta segunda-feira (29/7) não ter sentido qualquer resistência em relação ao desejo de reformar a Cúria e defendeu colegas, apesar de reconhecer a existência de escândalos. "Há santos na Curia, pessoas leais. E se existe resistência, eu ainda não vi. Eu faço justiça ao dizer isso", disse o papa a jornalistas a bordo do avião que o trouxe de volta do Rio de Janeiro a Roma.



O papa argentino insistiu que não sabe como vai terminar" a reforma do Instituto para as Obras de Religião (IOR), o banco do Vaticano, abalado por vários escândalos. Ele citou três hipóteses: transformá-lo em um banco real (e não uma instituição de gestão de fundos), torná-lo um fundo mútuo, ou fechá-lo. Ele disse confiar na comissão que nomeou em junho.

Sobre o escândalo do vazamento de documentos confidenciais, o Vatileaks, sobre o qual Bento XVI deu a ele um dossier, alegou não ter ficado "horrorizado" ao lê-lo. O papa disse que "continua a pensar como um jesuíta", acrescentando, de forma irônica, sem ser "hipócrita".

Nesta segunda-feira (29) o Vaticano anunciou que assinou junto com o governo italiano um "protocolo de acordo" para cooperar na luta contra a lavagem de dinheiro. O acordo foi assinado em 26 de julho pela Autoridade de Informação Financeira (AIF) do Vaticano, dirigida por um suíço especializado em crimes financeiros, e por Roma pela Unidade de Informações Financeira (UIF) do Banco da Itália, segundo um comunicado da Santa Sé. Bento XVI, e agora seu sucessor Francisco, decidiram colocar ordem no IOR, nomeando sucessivamente novos responsáveis e instaurando controles cada vez mais severos por este instituto, principalmente com a criação