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'Se um gay procura Deus, quem sou eu para julgá-lo?', diz Francisco

O papa condenou o chamado lobby gay" do Vaticano durante uma coletiva de imprensa improvisada a bordo do avião que o conduzia do Brasil de volta à Itália

, após os escândalos que atingiram as instituições financeiras da Santa Sé, anunciaram nesta segunda-feira as duas partes. O acordo foi assinado em 26 de julho pela Autoridade de Informação Financeira (AIF) do Vaticano, dirigida por um suíço especializado em crimes financeiros, e por Roma pela Unidade de Informações Financeira (UIF) do Banco da Itália, indica um comunicado da Santa Sé.

"O protocolo assinado foi redigido com base no modelo preparado pelo Egmont Group, a organização mundial das agências de informações financeiras nacionais", afirma o comunicado. Ao longo dos anos, escândalos mancharam a reputação do Banco do Vaticano, o Instituto para as Obras de Religião (IOR), principalmente com meios criminosos aproveitando-se do anonimato e discrição da instituição para lavar seus fundos.

O caso mais grave foi em 1982 com a falência do Banco Ambrosiano, um escândalo bancário que envolveu a CIA (Agência de Inteligência Americana) e a maçonaria. O mais recente envolveu um prelado que trabalhava na Administração do Patrimônio da Sede Apostólica (APSA), o organismo que administra os bens da Santa Sé, e que foi preso no final de junho pela polícia italiana que suspeita que ele utilizou suas contas no IOR para lavar dinheiro oriundo de evasão fiscal.

O papa Francisco reagiu nesta segunda-feira (29) a este anúncio afirmando: "Temos um prelado que está na prisão, é um escândalo, alguma coisa que faz mal". Bento XVI, e agora seu sucessor Francisco, decidiram colocar ordem no IOR, nomeando sucessivamente novos responsáveis e instaurando controles cada vez mais severos por este instituto, principalmente com a criação da AIF, no final de dezembro de 2010. "A Santa Sé leva muito a sério suas responsabilidades internacionais em matéria de luta contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo", comentou o suíço René Brülhart, diretor da AIF, citado pelo comunicado.