Kiev - Três ucranianas integrantes do Femen, grupo conhecido por seus protestos com os seios à mostra, e um ex-fotógrafo da AFP foram sequestrados neste sábado quando tentavam se manifestar contra a visita do presidente russo Vladimir Putin, informou o grupo neste sábado (27/7).
Durante a manhã, a líder do movimento, Anna Gutsol, havia sido agredida pouco antes do início da visita à Ucrânia de Putin para participar das celebrações religiosas pelo 1.025; aniversário da introdução do cristianismo no Estado russo antigo, a Rus;de Kiev.
Três militantes do Femen que se preparavam para protestar no centro da capital ucraniana, assim como um fotógrafo do movimento, "foram agredidos por desconhecidos, que depois os levaram de carro a um destino desconhecido", declarou Gutsol à AFP.
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Durante a manhã, a líder do movimento, Anna Gutsol, havia sido agredida pouco antes do início da visita à Ucrânia de Putin para participar das celebrações religiosas pelo 1.025; aniversário da introdução do cristianismo no Estado russo antigo, a Rus;de Kiev.
Três militantes do Femen que se preparavam para protestar no centro da capital ucraniana, assim como um fotógrafo do movimento, "foram agredidos por desconhecidos, que depois os levaram de carro a um destino desconhecido", declarou Gutsol à AFP.
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Ela explicou que se tratava do fotógrafo Dimitri Kostiukov, que havia trabalhado no escritório de Moscou da AFP. "Os serviços especiais russos, ajudados pelos serviços ucranianos, levam adiante uma campanha de terror contra os militantes do Femen devido à visita de inimigos da democracia, o ditador Putin e o patriarca Kirill (patriarca ortodoxo russo)", escreveram as Femen em um comunicado. "Putin e os que o rodeiam são os responsáveis pelos atentados contra os militantes do Femen", declarou o movimento.
A polícia de Kiev, contactada pela AFP, disse não dispor de nenhuma informação sobre o incidente.
Durante a manhã, Gutsol estava entrando em seu apartamento depois de ter saído para passear com seu cachorro quando um desconhecido lhe deu um soco no rosto, tomou seu cachorro e fugiu correndo. "Corri atrás dele, mas só consegui ver que entrou em um carro e foi embora com meu cachorro", disse. "Para mim não faz diferença que seja um membro do Serviço de Segurança Ucraniano (SBU) ou um bandido contratado por ele", declarou, afirmando que a agressão procurava intimidá-la durante uma série de celebrações politicamente sensíveis na Ucrânia neste fim de semana.
Gutsol acrescentou que o grupo feminista tentará, no entanto, protestar contra a visita de Putin. "Toda esta intimidação e esta violência não irão nos deter", disse.
Um militante considerado um dos ideólogos do Femen, Viktor Sviatski, foi agredido perto da sede da organização em Kiev na última quarta-feira, levando o movimento feminista a denunciar uma tentativa de intimidação às vésperas da visita de Putin.
Segundo declarações de Gutsol feitas na quinta-feira, Sviatski foi atacado por dois desconhecidos e um deles lhe disse: "Diga a elas que serão as próximas."
O Femen afirmou que membros do movimento já haviam sido ameaçados e recebido advertências contra qualquer ação de protesto durante a visita de Putin.
As militantes do Femen, grupo fundado na Ucrânia, mas cuja sede fica em Paris, realizam há anos, em todo o mundo, ações com os seios à mostra, para denunciar o sexismo e a discriminação contra as mulheres.