Zhu Wenqing, um fazendeiro de 40 anos do distrito de Min, disse à agência de notícias Xinhua que havia acabado de acordar quando sua casa começou a balançar. "Escapei imediatamente ao ouvir um ;bang; e sentir o tremor", afirmou, acrescentando que sua casa desabou após algumas réplicas. Quase 3.000 bombeiros, policiais, soldados e trabalhadores do governo local foram enviados à região, disse a Xinhua, mas os esforços das equipes eram prejudicados pelos deslizamentos de terra e pelas estradas, que estavam bloqueadas após as fortes chuvas dos últimos dias.
O presidente Xi Jinping ordenou um esforço de resgate total, disse a Xinhua. Estamos correndo para o local" da catástrofe, afirmou por sua vez o vice-prefeito de Dingxi à CCTV, que mostrava um integrante das equipes de resgate guiando um trator no local. Um alerta vermelho para tempestade foi lançado para a região, o que pode prejudicar ainda mais as ações de resgate no local.
Já o ministério dos Assuntos Civis enviou 10 mil barracas, 30 mil cobertores, 5.000 camas dobráveis e 10.000 sacos de dormir para Gansu, enquanto o governo provincial liberou 5 milhões de iuanes (830 mil dólares) para os esforços de ajuda, disse a Xinhua. O serviço geológico americano (USGS) informou que o primeiro tremor, de 5,9 graus, ocorreu às 7h45 locais (20h45 de Brasília de domingo) a uma profundidade de 9,8 quilômetros. Pouco depois, às 09h12 locais, um segundo tremor de 5,6 graus de magnitude atingiu a mesma região, com um epicentro a 10,1 quilômetros de profundidade, acrescentou o USGS.
Embora Gansu seja uma das províncias menos povoadas da China, Dingxi, que inclui Min e outros distritos afetados, tem uma população de cerca de 2,7 milhões de habitantes. O tremor foi sentido em Lanzhou, a capital de Gansu, e inclusive em Xi;An, a capital da província vizinha de Shanxi, disse a Xinhua. Os terremotos são frequentes no oeste da China e em abril um tremor de magnitude 6,6 provocou a morte de 200 pessoas em Sichuan, o mesmo local onde em 2008 outro tremor de 8 graus de magnitude provocou a morte de 90.000 pessoas.