Jerusalém - Israel libertará 80 prisioneiros palestinos condenados a penas mais longas para facilitar a retomada das negociações de paz, indicou nesta segunda-feira (22/7) um dirigente israelense. "As libertação dos prisioneiros começaram quando forem iniciadas as conversações. Estamos falando de libertá-los por etapas", afirmou a fonte, que não quis ser identificada. "São cerca de 80 prisioneiros, todos presos antes dos acordos de paz de Oslo, de 1993", acrescentou.
O chefe da diplomacia americana indicou que, como primeira etapa, o negociador palestino, Saeb Erakat, e sua homóloga israelense, Tzipi Livni, se reunirão em Washington "para iniciar as primeiras reuniões dentro de uma semana, mais ou menos". O presidente palestino, Mahmud Abbas, comemorou o acordo, mas ressaltou que "ainda existem detalhes específicos a serem resolvidos".
Ele exige o congelamento imediado da construção de assentamentos judaicos e a libertação de prisioneiros. Como esperado, o movimento radical islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza, rejeitou o anúncio. No sábado, Israel anunciou que irá libertar alguns prisioneiros palestinos como um "gesto" de boa vontade.
A última rodada de negociações foi interrompida totalmente em setembro de 2010, quando Israel se negou a manter o congelamento da construção de novos assentamentos nos territórios palestinos. Israelenses e palestinos têm posições muito diferentes no que diz respeito às questões do status final dos territórios, incluindo as fronteiras de um futuro Estado palestino, o direito de retorno dos refugiados palestinos e o destino de Jerusalém, que ambos desejam como capital.