Cairo - Uma comissão de especialistas nomeada pelo presidente interino Adli Mansur começou neste domingo a fazer a reforma da Constituição do Egito, suspensa depois da queda do presidente Mohamed Morsy.
Enquanto as autoridades tentam virar a página da era Morsy, os partidários do ex-presidente convocaram novas manifestações depois da morte, na sexta-feira, de três manifestantes favoráveis ao chefe de Estado derrubado.
Mansur nomeou no sábado os membros da comissão de especialistas que será encarregada de apresentar as emendas à Constituição.
Esta comissão de dez pessoas - quatro professores universitários e seis magistrados - estava prevista em uma "declaração constitucional" publicada dia 9 de julho por Mansur para fixar o marco da transição política e as datas eleitorais.
Esta comissão de especialistas pouco conhecidos do público terá 30 dias para elaborar as emendas, que serão depois apresentadas a um grupo de 50 personalidades que representam os diversos componentes da sociedade egípcia (partidos, sindicatos, dignitários religiosos, exércitos...).
[SAIBAMAIS]
Esta segunda comissão disporá, por sua vez, de 60 dias para entregar a versão final da Constituição emendada ao presidente interino. Este terá 30 dias para anunciar a data de um referendo.
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A anterior constituição tinha sido adotada por referendo em dezembro de 2012, sob a presidência de Morsy, por 64% dos votos, mas só com 33% de participação.