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Comissária da ONU quer participar de acordo de paz na Colômbia

Navi Pillay declarou que está pronta para desempenhar um papel e concorda que será melhor se estiverem no país

BOGOTÁ - A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, ofereceu-se, nesta sexta-feira (19/7), para participar da implementação de um eventual acordo de paz na Colômbia, garantindo que "será melhor" se seu escritório se mantiver no país nessa etapa.

"É muito importante ter monitores independentes durante a implementação dos acordos de paz. Estou pronta para desempenhar um papel e concordo que será melhor se estivermos no país", disse Pillay, em entrevista coletiva.

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"A ONU e meu escritório estão dispostos a desempenhar um papel" diante de um eventual acordo de paz, reiterou Pillay, que concluiu nesta sexta uma visita de quatro dias à Colômbia.

Nessa visita, o governo local prorrogou até 31 de outubro de 2014 o mandato da missão. A prorrogação foi acordada depois que o presidente Juan Manuel Santos declarou esta semana que seu país havia avançado "o suficiente" em matéria de direitos humanos, motivo pelo qual a presença da ONU já não seria necessária.

"O mandato (do escritório da ONU) vai até outubro, porque é o mandato constitucional do presidente que vence em agosto de 2014", explicou o vice-presidente Angelino Garzón, após um ato em homenagem às vítimas do conflito armado, do qual Pillay participou.

Durante sua visita, Pillay se reuniu com ministros, representantes de ONGs e de comunidades locais. Ela elogiou a iniciativa do governo de criar instituições para proteger os direitos humanos, mas ressaltou que o foco agora deve ser a "implementação" de todas as políticas públicas para restituir os direitos das vítimas do conflito e evitar futuras violações.

"Ouvi comunidades e ONGs, e eles não sentiram os benefícios das políticas oficiais ainda", frisou.