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Religioso causa polêmica ao decretar que é permitido beber água no Ramadã

O decreto foi rapidamente criticado por outro grande aiatolá, Naser Makarem Shirazi, que descartou que seja possível "fazer ao mesmo tempo o jejum e beber"

Teerã - O decreto de um religioso de alto escalão iraniano que afirma que um muçulmano que sofrer de uma "sede extrema" pode beber água durante o Ramadã provocou polêmica no seio do clero, informam nesta quinta-feira (18/7) os meios de comunicação iranianos. "Os que não conseguem suportar a sede podem beber só um pouco para acalmar a sede e o jejum não será invalidado", afirmou em uma fatwa (decreto religioso) o grande aiatolá Asadola Bayat Zanjani, de tendência reformista, em pleno mês sagrado do Ramadã.

[SAIBAMAIS]Este decreto foi rapidamente criticado por outro grande aiatolá, Naser Makarem Shirazi, que descartou que seja possível "fazer ao mesmo tempo o jejum e beber", e repetiu que a ruptura do jejum deveria ser compensada mais tarde durante o ano. A imprensa lembrou os decretos do guia supremo iraniano, Ali Khamenei, e do grande aiatolá iraquiano Ali Sistani, segundo os quais "o estado de debilidade ou a sede não justificam que se rompa o jejum", embora o islã o dispense a certos doentes.