O ministro da Defesa e comandante das Forças Armadas do Egito, general Abdel Fatah Al Sisi, ressaltou nesta segunda-feira (15/7) que os militares não têm ambições políticas e que a divisão do país provocou a intervenção política. Segundo ele, o governo de Mouhamed Morsy foi deposto, no começo deste mês, porque o ;povo pediu;. No último dia 3, os militares anunciaram a destituição do presidente Mouhamed Morsy do poder, além da prisão dele e de seus principais aliados. As Forças Armadas passaram a comandar o governo e, interinamente, assumiu o poder o presidente da Suprema Corte, Adly Mansur.
[SAIBAMAIS]O ministro egípcio disse que as Forças Armadas propuseram a Morsy a convocação de um referendo sobre a sua permanência no poder, antes de o deporem em 3 de julho. Porém, o então presidente rejeitou a sugestão. ;[A rejeição de Morsy e a falta de consenso] obrigaram as Forças Armadas a intervir no processo político;, disse ele. O comandante das Forças Armadas acrescentou que os militares foram fiéis a Morsy. ;O Exército se manteve fiel ao respeito da legitimidade das eleições, apesar de essa legitimidade ter começado a perturbar suas próprias bases;, disse Al Sisi. ;Apenas o povo pode conceder ou retirar essa legitimidade;, completou.