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Sete policiais feridos na segunda noite de violência em Belfast

Os manifestantes atacaram as forças policiais com coquetéis molotov, garrafas e pedras



Mais de 400 policiais britânicos foram enviados como reforço no sábado.

Manifestantes atacaram as forças de segurança que bloqueavam o acesso ao bairro católico de Ardoyne, no norte de Belfast, colocado sob um forte esquema de segurança por temor de confrontos.

O chefe da Polícia da Irlanda do Norte, Matt Bagott, descreveu os confrontos como "vergonhosos". Ele criticou a atitude dos líderes da Ordem de Orange, que convocaram manifestações contra a proibição de entrar no bairro de Ardoyne.

O primeiro-ministro da Irlanda do Norte, Peter Robinson, que lidera o DUP, declarou que o importante agora é "manter a cabeça fria."

"Esses atos de violência ferem uma causa justa e vão totalmente de encontro à natureza pacífica que a Ordem de Orange desejava para a manifestação", insistiu em um comunicado.

Marchas protestantes são tradicionalmente organizadas de abril a agosto na Irlanda do Norte. Elas culminam com o desfile de 12 de julho, que marca a vitória do rei protestante William III sobre seu rival católico Jacques II, em 1690. Confrontos são registrados todos os anos.

A Irlanda do Norte, uma província britânica, viveu 30 anos de conflito religioso que deixou 3.500 mortos. Os acordos de paz assinados em 1998 levaram à partilha de poder entre protestantes e católicos, mas episódios de violência ainda são registrados esporadicamente.