WASHINGTON - O governo dos Estados Unidos pediu nesta quinta-feira (11/7) aos líderes interinos do Egito e ao Exército que parem as detenções arbitrárias de membros da Irmandade Muçulmana, alegando que tais ações apenas prolongarão a crise política do país.
Nos últimos dias, houve muitas detenções "dirigidas contra grupos específicos", afirmou a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.
Essas detenções "não estão de acordo com a reconciliação nacional que o governo interino e os militares dizem estar realizando", disse Psaki aos jornalistas.
"Se as detenções continuarem sendo politizadas, será difícil ver como Egito se moverá para além dessa crise", completou.
O procurador-geral do Egito ordenou nesta quarta-feira (10/7) a detenção do guia supremo dos Irmãos Muçulmanos, Mohamed Badie, e de outras importantes lideranças, que estariam incitando a violência depois da morte de 51 pessoas nos confrontos com forças de segurança na segunda-feira (8/7).
De acordo com as fontes, entre as pessoas procuradas pela promotoria estão os principais membros da Irmandade: Mohamed al Beltagui, Mahmud Ezzat e Safwat Hegazi.
A Procuradoria egípcia também apresentou acusações contra 200 das 650 pessoas que foram detidas durante os atos de violência.