TIKRIT - Ao menos 40 pessoas, incluindo 25 membros das forças de segurança, morreram nesta quinta-feira (11/7) no Iraque, em uma série de ataques que tiveram como alvo principalmente milicianos que faziam a segurança de oleodutos e xiitas, indicaram a polícia e fontes médicas.
O ataque mais sangrento, praticado por um grupo ainda não identificado, ocorreu em uma estrada entre Baiji e Haditha, cerca de 200 km ao norte de Bagdá, onde onze milicianos responsáveis pela proteção do oleoduto que atravessa esta região e três soldados foram mortos, de acordo com o tenente-coronel Salah al-Majed Nemraoui e o médico Adel Omar.
À noite, alguns minutos após a pausa do jejum do Ramadã, um suicida ao volante de um carro-bomba explodiu seu veículo perto de uma tenda onde iraquianos xiitas estavam reunidos para um funeral em Muqdadiya, 90 km ao norte de Bagdá.
Um segundo homem-bomba, desta vez a pé, acionou seus explosivos no momento da chegada dos serviços de emergência e policiais.
Ao menos dez pessoas morreram e 22 ficaram feridas neste duplo atentado.
Em Tikrit, 160 km ao norte de Bagdá, três policiais morreram e cinco ficaram feridos na explosão de três bombas esta tarde, segundo as mesmas fontes.
Além disso, ao menos três pessoas morreram, incluindo um policial, e seis ficaram feridas na explosão de um carro-bomba em Bagdá.
Outros três policiais morreram e nove ficaram feridos em ataques contra delegacias em Khaldiah, perto de Ramadi, e em Fallujah, no oeste do país, onde ao menos dois homens-bomba participaram do ataque. Um dos extremistas foi abatido durante uma troca de tiros.
Em Mossul, no norte do país, um soldado foi morto em frente a sua casa, enquanto outro policial morreu na explosão de uma bomba.
Um civil morreu, também em Mossul, de acordo com a polícia.
Na cidade de Tuz Khurmatu, ao norte do Iraque, a explosão de um carro-bomba deixou 32 feridos e dois outros carros-bomba 14 feridos em Kirkuk, também no norte do país.
Quarta-feira (10/7) à noite, um suicida explodiu seu carro na passagem de um comboio das forças de segurança por uma estrada na província de Anbar, no oeste do Iraque, matando dois policiais e ferindo dois outros.
Três mulheres foram assassinadas com tiros na cabeça em Bagdá, segundo um funcionário do Ministério do Interior, que indicou se tratar de prostitutas.
Sete mulheres e cinco homens foram mortos no final de maio em um prostíbulo de Bagdá.
Este novo registro eleva a 240 o número de pessoas mortas em meio à violência no Iraque desde o início do mês.
O medo de uma guerra civil paira sobre o Iraque, onde o retorno do conflito religioso entre sunitas e xiitas pode mergulhar o país em um banho de sangue, alertou na quarta-feira (10/7) a responsável da ONU para os direitos Humanos.
Segundo a ONU, 30.000 pessoas morreram desde 2007 no país.