LUXEMBURGO - Jean-Claude Juncker, primeiro-ministro de Luxemburgo há 18 anos e um dos mais influentes líderes europeus, anunciou nesta quarta-feira (10/7) que apresentará sua renúncia a esse cargo na quinta-feira (11/7), durante uma reunião do Conselho de Governo.
A renúncia de Juncker foi motivada pela retirada de seus aliados socialistas do governo, como consequência de um escândalo envolvendo o serviço de inteligência, acusado de escutas telefônicas ilegais e de desvio de recursos.
A renúncia de Juncker foi motivada pela retirada de seus aliados socialistas do governo, como consequência de um escândalo envolvendo o serviço de inteligência, acusado de escutas telefônicas ilegais e de desvio de recursos.
"Eu convoco um conselho de governo para amanhã às 10h00, e apresentarei a renúncia do governo ao Grão-duque", declarou Juncker diante dos deputados depois de sete horas de debate.
"Constato que a maioria da Câmara quer eleições antecipadas", acrescentou. Os socialistas, parceiros de seu partido social cristão na coalizão governista, haviam apresentado pouco antes uma moção pedindo eleições antecipadas, paralelamente a uma outra moção dos opositores.
"O primeiro-ministro deve ser responsabilizado, não porque ele é desonesto ou incompetente, mas porque ele fez as escolhas erradas", havia declarado durante o debate o presidente do Partido Socialista, Alex Bodry. "Houve graves problemas. O primeiro-ministro tem sua culpa", acrescentou.
"Não havia outra opção que não fosse apresentar a renúncia do governo", constatou Juncker.
Uma comissão de investigação parlamentar havia sido criada em dezembro de 2012 após as revelações de irregularidades e de desvios de recursos cometidos entre 2004 e 2009 pelo serviço de inteligência, submetido à autoridade do primeiro-ministro.