Jornal Correio Braziliense

Mundo

Irmandade muçulmana egípcia rejeita proposta para integrar o governo

Um porta-voz da presidência afirmou que Beblawi oferecerá alguns cargos no governo de transição ao Partido da Liberdade e da Justiça

Cairo- A irmandade muçulmana "não faz pacto com golpistas" e rejeita a oferta de integrar o novo governo egípcio, afirmou nesta quarta-feira (10/7) o movimento islamita, do qual procedia o presidente destituído Mohamed Morsy. "Não compactuamos com golpistas. Rejeitamos tudo que emane deste golpe militar", declarou Tareq al-Morsy sobre a fórmula apresentada horas antes pelo novo primeiro-ministro do país, Hazem Beblawi.

[SAIBAMAIS]Um porta-voz da presidência, Ahmed al-Muslimani, citado pela agência oficial Mena, afirmou que Beblawi, designado na terça-feira à noite, oferecerá alguns cargos no governo de transição ao Partido da Liberdade e da Justiça, braço político da Irmandade Muçulmana.



Depois dos violentos incidentes de segunda-feira, que segundo fontes médicas deixaram 51 mortos em uma manifestação pró-Morsy, a Irmandade Muçulmana convocou uma "revolta contra aqueles que estão tentando roubar a revolução com tanques". Morsy foi derrubado em 3 de julho pelo exército, depois de grandes manifestações da oposição que exigiram sua renúncia.