"Temos a gravação das vozes na cabine e dos dados de voo, o que pode nos dar bastante informação", disse Deborah Hersman, da Agência de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (NTSB), à rede CNN.
"Mas queremos falar com os pilotos, para entender o que estavam pensando, o que estavam vivendo", disse.
"Interrogamos membros da tripulação que estavam na cabine no momento do acidente, mas ainda não falamos com o piloto no comando. Vamos fazê-lo hoje", acrescentou Hersman.
Duas adolescentes chinesas morreram no acidente e outras 182 pessoas ficaram feridas, sendo várias em estado grave.
Desde que a companhia aérea sul-coreana reconheceu, na segunda-feira (8/7), que o capitão do Boeing 777, Lee Kang-kuk, de 46 anos, ainda estava em treinamento, as atenções se voltam com insistência para a tripulação do voo 214.
"Os pilotos podem nos dar observações importantes por sua presença na cabine. Podem nos dizer o que estava acontecendo, o que sabem, quais procedimentos estavam seguindo", disse Hersman.
"Caso eles estivessem guiando automaticamente ou utilizando a automação, queremos verificar se estas ferramentas foram utilizadas corretamente", disse.
Uma porta-voz da companhia aérea disse à AFP em Seul que Kang-kul tinha 43 horas de experiência como piloto do 777 e ainda estava em período de treinamento, embora contasse com mais de 9.000 horas de tempo de voo no total.
"É certo que Lee estava em treinamento de transição para o Boeing 777", declarou a porta-voz. No entanto, estava acompanhado por um treinador experiente, que atuava como copiloto, disse.
O diretor-geral da Asiana Airlines, Yoon Young-doo, que já havia oferecido suas desculpas pelo acidente, chamou de intoleráveis e de especulações as informações sobre um suposto erro humano.