Tóquio - O Japão denunciou de novo nesta terça-feira o "comportamento perigoso" da China, o que poderá provocar um incidente em torno das ilhas no Mar da China, que o Tóquio denomina Senkaku e Pequim, Diaoyu.
"A China realizou ações coercitivas que ocasiona comportamentos perigosos", indica entre outros o livro branco anual da defesa adotado nesta terça-feira pelo governo do primeiro-ministro conservador, Shinzo Abe.
O documento de 450 páginas cita diretamente atividades chinesas como "a invasão nas águas territoriais do Japão, a violação do espaço aéreo japonês e, inclusive, ações perigosas que poderão provocar eventos imprevisto".
[SAIBAMAIS]
Tóquio evoca assim o caso de final de janeiro de uma fragata chinesa que voltou seu radar para um destroier japonês junto as ilhas Senkaku/Diaoyu. Pequim sempre negou a versão japonesa.
Este é o primeiro livro branco de defesa japonês desde que, em setembro, o Japão comprou três das cinco ilhas disputadas de seu proprietário japonês e, com esta ação, as nacionalizou, o que provocou manifestações antijaponesas, em ocasiões violentas, em inúmeras cidades chinesas.
Também é o primeiro documento deste tipo desde a chegada ao poder em dezembro do nacionalista Shinzo Abe, o que atribui a ele a intenção de querer revisar a constituição pacifista do país, um documento imposto pela ocupação americana em 1947.
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O envio regular de navios chineses aos arredores das ilhas disputadas faz temer um sério incidente entre barcos japoneses e chineses que desencadeie um conflito.
O livro branco também insiste na necessidade de reforçar a aliança com os Estados Unidos, que dispõe de 47.000 soldados mobilizados no Japão.