Londres - A Grã-Bretanha pediu calma no Egito, após o afastamento do presidente Mohamed Mursi pelo Exército, mas evitou falar em "golpe de Estado".
Ainda assim, o governo britânico se pronunciou contra a intervenção do Exército para mudar o regime.
"A situação é claramente perigosa, e nós fazemos um apelo a todas as partes pela contenção e que evitem a violência", declarou o ministro das Relações Exteriores, William Hague.
"A Grã-Bretanha não apoia uma intervenção militar como meio para resolver conflitos em um sistema democrático", acrescentou Hague.
Apesar de sua preocupação com os acontecimentos nesta quarta no Egito, a Grã-Bretanha pediu a todas as partes que "mostrem capacidade para dirigir e a visão necessária para restaurar e renovar a transição democrática do Egito".
"É vital para eles responder à forte aspiração dos egípcios, que querem progressos econômicos e políticos mais rápidos para seu país", ressaltou Hague, acrescentando que isso passa por eleições justas em um futuro próximo e por um governo dirigido por civis.