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União Europeia pede novas eleições no Egito após queda de Morsy

O Exército derrubou Morsy, que foi substituído pelo presidente do Conselho Constitucional até a realização de eleições antecipadas

Bruxelas - A União Europeia (UE) fez um apelo a todas as partes no Egito para que "retornem rapidamente ao processo democrático", em especial, com a realização de novas eleições presidenciais, após a queda do presidente islamita democraticamente eleito, Mohamed Mursi.

Em uma nota, a alta representante da União Europeia para as Relações Exteriores e a Política de Segurança, Catherine Ashton, disse "esperar que o novo governo procure se reunir" e reiterou "a importância de um respeito total dos direitos fundamentais".

"Peço a todas as partes que retornem rapidamente ao processo democrático, incluindo a realização de eleições presidencial e legislativas justas e livres", com o objetivo de "permitir ao país retomar e levar sua transição democrática a bom termo", acrescentou.

O Exército derrubou Mursi, que foi substituído pelo presidente do Conselho Constitucional até a realização de eleições antecipadas, anunciou o comandante da corporação, general Abdel Fattah al-Sissi, sem informar quanto tempo o período de transição vai durar.

Ashton também pediu que todas as partes "deem provas de contenção máxima" e que "as forças da ordem façam tudo o que for necessário para proteger as vidas e o bem-estar dos cidadãos egípcios".

Ela lembrou ainda do compromisso da UE, um dos principais fornecedores de ajuda ao Cairo, de "apoiar o povo egípcio em suas aspirações democráticas".