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Mursi reafirma 'legitimidade' e pede que Exército retire ultimato

O Exército impôs ao mandatário, exigindo que "atenda às demandas do povo", que protesta pedindo a sua saída

CAIRO - O presidente egípcio, Mohamed Mursi, reafirmou na noite desta terça-feira (2/7) a sua "legitimidade constitucional", e pediu que o Exército retire o ultimato que impôs ao mandatário, exigindo que "atenda às demandas do povo", que protesta pedindo a sua saída, antes de quarta-feira à noite (4/7).



"O presidente Mohamed Mursi reafirma a sua legitimidade constitucional, recusa qualquer tentativa de anulá-la, pede às Forças Armadas que retirem sua advertência e recusa qualquer imposição" que venha do Egito ou do exterior, escreveu em sua conta no Twitter.
O presidente islamita já havia rejeitado na segunda à noite a exigência do comando militar, considerada por seus partidários uma tentativa de intimidação.

Ele se reuniu nesta terça com o ministro da Defesa e chefe do Exército, general Abdel Fattah al-Sissi. Nada foi revelado até o momento sobre o encontro realizado durante a manhã e que continuou no início da noite.

A oposição saudou esse ultimato, e viu no Exército um apoio de peso em seu movimento para derrubar Mursi, acusado de querer instaurar um regime autoritário em benefício da Irmandade Muçulmana, movimento do qual é oriundo.

Os aliados do chefe de Estado insistem na "legitimidade" do primeiro presidente democraticamente eleito da história do país.