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Prelado do Vaticano nega acusações de lavagem de dinheiro e corrupção

Nunzio Scarano trabalhava como contador na Administração do Patrimônio da Sede Apostólica, organismo que administra os bens da Santa Sé



Scarano "não está bem, está estressado e tem dormido mal", indicaram seus advogados. Este caso faz parte de uma ampla investigação iniciada pela justiça italiana em setembro de 2010 contra o então presidente do IOR Ettore Gotti Tedeschi e o diretor geral da época Paolo Cipriani. Os dois são acusados de violação da lei contra a lavagem de dinheiro. Dezenas de milhões de euros foram bloqueados na investigação, que provocou, entre outras medidas, a destituição da direção do IOR. Ao longo dos anos, diversos escândalos mancharam a reputação do IOR, já que grupos criminosos aproveitaram o anonimato ou testas-de-ferro para lavar dinheiro.

O Papa Bento XVI e seu sucessor Francisco decidiram limpar o IOR, nomeando novos responsáveis e instaurando medidas de controle mais severas. O banco do Vaticano administra 19.000 contas pertencentes, em sua maioria, ao clero católico, o que representa quase sete bilhões de euros, que incluem tanto pessoas de menor hierarquia, como bispos, cardeais e alguns diplomatas, assim como as transferências de dinheiro das congregações religiosas.