Caracas - A chancelaria venezuelana divulgou neste sábado (29/6) um comunicado em que diz acompanhar "com atenção" diplomática e consular o processo judicial na França contra Ilich Ramírez, conhecido como "Carlos, o Chacal", dias após a sua condenação à prisão perpétua por quatro atentados realizados há 30 anos. "O governo da Venezuela, através do Ministério do Poder Popular para as Relações Exteriores, acompanha com atenção, por meio dos canais diplomáticos e consulares, o processo judicial que se realiza na França contra o cidadão venezuelano Ilich Ramírez", diz a nota.
"O Ministério ressalta a importância de se garantir, confome os tratados internacionais em matéria judicial e consular, o exercício irrenunciável, indivisível e interdependente dos direitos humanos, sem discriminação, no desenvolvimento do processo judicial envolvendo este cidadão venezuelano", acrescenta o texto.
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"O Ministério ressalta a importância de se garantir, confome os tratados internacionais em matéria judicial e consular, o exercício irrenunciável, indivisível e interdependente dos direitos humanos, sem discriminação, no desenvolvimento do processo judicial envolvendo este cidadão venezuelano", acrescenta o texto.
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A nota foi divulgada dias após a condenação de Ramírez, por um tribunal de apelações francês, à prisão perpétua por quatro atentados realizados na França há 30 anos, que deixaram 11 mortos e cerca de 150 feridos em dois trens e uma estação ferroviária de Marselha.
Em diferentes oportunidades, simpatizantes do Chacal protestaram em frente à chancelaria venezuelana exigindo que o governo o apoiasse no julgamento, sem obterem qualquer resposta pública.
A declaração oficial mais ruidosa sobre o caso foi feita em novembro de 2011 pelo ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, ao dizer que a prisão de Ramírez havia acontecido "em uma operação que viola o direito internacional", pois, segundo ele, a França não teria feito um pedido oficial de extradição.
Carlos, o Chacal está preso na França desde a sua captura no Sudão pela polícia francesa, em agosto de 1994, e cumpre uma pena de prisão perpétua a qual foi condenado, em 1997, pelo assassinato de três homens na capital francesa em 1975.