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Ex-governador mexicano é condenado a 11 anos de prisão nos EUA

Villanueva Madrid, de 64 anos e extraditado para os Estados Unidos em maio de 2010, foi sentenciado a 131 meses de prisão

NOVA YORK - O ex-governador do estado mexicano de Quintana Roo (leste) Mario Villanueva Madrid foi condenado nesta sexta-feira (28/6) a 11 anos de prisão pela Justiça federal americana, depois de se declarar culpado de lavagem de dinheiro, em uma audiência realizada no sul de Manhattan.

Villanueva Madrid, de 64 anos e extraditado para os Estados Unidos em maio de 2010, foi sentenciado a 131 meses de prisão, disse à AFP uma porta-voz da Promotoria.

O ex-governador recebeu a condenação por "conspirar para lavar milhões de dólares em subornos do narcotráfico, recebidos do cartel de Juárez, um dos mais infames e violentos cartéis de cocaína, através de contas bancárias nos Estados Unidos e em outros países", informou o promotor do distrito sul de Nova York, Preet Bharara, em um comunicado.

Ex-membro do Partido Revolucionário Institucional (PRI), Villanueva Madrid governou o estado de Quintana Roo de 1994 a 1999. Ele foi detido no México em maio de 2001, acusado de manter ligações com o cartel de Juárez.



Após um julgamento em seu país que durou seis anos e no qual foi considerado culpado por lavagem de dinheiro, a Justiça decretou sua liberdade em junho de 2007. Ele voltou a ser detido, porém, por um pedido de extradição americano.

Inicialmente, ele se declarou inocente, mas mudou sua posição em 2 de agosto do ano passado. Foi quando aceitou parte das acusações que pesavam contra ele

O juiz Victor Marrero, encarregado de impor a sentença nesta sexta-feira, considerou que Villanueva Madrid deveria ser condenado a 204 meses de prisão. Como ele já cumpriu seis anos de prisão no México "por acusações relacionadas, eu lhe imponho definitivamente uma sentença final de 131 meses de prisão nos Estados Unidos".

Villanueva Madrid também foi acusado de "lavagem de pelo menos 19 milhões de dólares resultantes do narcotráfico, por intermédio de contas no banco Lehman Brothers de Nova York".