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Obama homenageia Mandela e apoia homossexuais africanos

O presidente anfitrião, o senegalês Macky Sall respondeu que, embora seja "muito tolerante", seu país "ainda não está preparado para descriminalizar a homossexualidade"



O Senegal, ex-colônia francesa, se tornou independente em 1960 e nunca registrou um golpe de Estado, algo lembrado pelo mandatário americano. O Senegal é uma exceção na África Ocidental, uma região assolada pela violência política e militar, em particular o vizinho Mali, mergulhado em uma crise após o golpe de Estado de março de 2012.

Nos arredores do palácio presidencial onde foram realizados o encontro entre Obama e Sall e sua coletiva de imprensa conjunta, ressoaram os toques dos atabaques e gritos de boas-vindas das centenas de pessoas que queriam saudar o presidente americano. Em troca, o centro de Dacar estava praticamente deserto devido às rígidas medidas de segurança impostas em ocasião da ilustre visita.

Após o banquete oficial oferecido pelo presidente Sall, Obama, que chegou na quarta-feira a Dacar, deve passar sua última noite em terras senegalesas antes de viajar na sexta de manhã para a África do Sul, em uma visita que pode ser alterada se Mandela morrer. O primeiro presidente negro da África do Sul e herói da luta contra o apartheid, encontra-se em estado muito grave em um hospital de Pretória. Obama também deve visitar a Tanzânia em sua primeira viagem africana.