O presidente equatoriano, Rafael Correa, afirmou na segunda-feira que seu país estuda de forma "muito responsável" o pedido de asilo político apresentado por Edward Snowden. O Equador concedeu asilo a Julian Assange, também procurado pelos Estados Unidos por ter publicado em 2010 milhares de documentos diplomáticos confidenciais.
Muito irritado com Hong Kong, que deixou Snowden partir por questões jurídicas, a Casa Branca exigiu que a Rússia "estude todas as opções a sua disposição para expulsar Snowden". Uma fonte indicou à agência Interfax que Moscou estuda o pedido de extradição apresentado pelos Estados Unidos. Mas outra fonte declarou que o jovem não pode ser preso enquanto não atravessar a fronteira russa. O caso pode agravas as tensões entre a Rússia e os Estados Unidos, em um momento em que os dois países tentam encontrar uma solução para o conflito sírio.
John Kerry e Serguei Lavrov devem se reunir na próxima semana no Brunei, segundo o serviço de imprensa do Ministério russo das Relações Exteriores. Em uma entrevista concedida ao South China Morning Post em 12 de junho, mas publicada apenas nesta terça, Snowden afirma ter trabalhado em uma empresa que prestava consultoria para a ANS com o objetivo de obter provas do vasto programa americano de espionagem das comunicações. "Minhas funções na Booz Allen Hamilton permitiam que eu acessasse as listas de máquinas (computadores, telefones celulares) espionadas no mundo pela NSA. Por isso aceitei o cargo".
Edward Snowden trabalhava para a Booz Allen Hamilton, no Havaí, como administrador dos sistemas de informática da NSA e tinha acesso a uma grande quantidade de documentos sensíveis relacionados ao programa de vigilância. A empresa demitiu o jovem americano depois que ele revelou à imprensa informações confidenciais.