[SAIBAMAIS]A agência russa Interfax destacou na segunda-feira que "seguramente" Snowden já havia abandonado a Rússia, mas fontes aeroportuárias afirmaram que ele permanecia na zona do aeroporto. Mas Snowden não foi visto em Sheremetievo ou em qualquer outro local da capital russa. O fundador de Wikileaks, Julian Assange, asilado na embaixada equatoriana em Londres, disse que Snowden estava "a salvo" depois de deixar Hong Kong com um documento de refugiado proporcionado pelo Equador. O passaporte americano de Snowden estava expirado e foi revogado pelas autoridades de Washington.
O caso Snowden afeta as relações dos Estados Unidos não apenas com a Rússia, mas também com a China, já que Hong Kong, apesar de ter um estatuto administrativo especial, está sob sua soberania. Em Washington, as críticas a Pequim foram de rara veemência. Os porta-vozes da presidência e da diplomacia dos Estados Unidos, Jay Carney e Patrick Ventrell, acusaram a China de ter "optado deliberadamente por liberar um fugitivo, apesar de uma ordem de detenção" e do passaporte expirado.
Quinze dias depois da reunião na Califórnia entre os presidentes Barack Obama e Xi Jinping, que supostamente daria novo impulso às relações entre os dois países, a Casa Branca lamentou não poder contar com os chineses "para que respeitem suas obrigações jurídicas em termos de extradição". A China rebateu nesta terça-feira as críticas.
"Não é razoável por parte do Estados Unidos questionada a gestão de Hong Kong de assuntos de conformidade com a lei. As acusações contra o governo central chinês carecem de fundamento", declarou a porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying. "A China não pode aceitar isto", completou.