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Oito pessoas são presas na Espanha por suposta ligação com Al-Qaeda

No sábado, o ministro espanhol do Interior, Jorge Fernandez Diaz, afirmou que a rede tinha enviado cerca de 50 homens para a Síria

MADRI - A justiça espanhola decretou nesta segunda-feira a prisão de oito suspeitos de ligação com uma organização terrorista relacionada à Al-Qaida, descoberta na última sexta-feira em Ceuta, enclave da Espanha situado na fronteira com o Marrocos, e na cidade marroquina vizinha de Fnideq.

A rede teria "estruturas na Espanha, com conexões internacionais no Marrocos, na Bélgica, na Turquia e na Síria, onde dedicava-se à radicalização, ao recrutamento e ao envio de combatentes", explicou o juiz Ismael Moreno, encarregado dos casos de terrorismo em Madri. Os militantes tinham como objetivo "fazer a guerra santa e virar mártires", continuou o magistrado.

Entre os oito detidos está Karim Abdeselam Mohamed, 39 anos, identificado pelo juiz como o chefe da rede terrorista. Ele é acusado de "participação em organização terrorista".



As outras sete pessoas suspeitas de ligação com o terrorismo também foram presas pelo mesmo juiz, informou uma fonte ligada ao judiciário. Um deles está sendo investigado por porte ilegal de armas. "Até o momento, esta rede conseguiu enviar pelo menos seis grupos de homens espanhóis e marroquinos para a Síria, com o objetivo de fortalecer organizações terroristas que atuam no país travando a jihad", escreveu o juiz na ordem de prisão. "Pelo menos cinco desses homens morreram na Síria após atentados terroristas que deixaram diversas vítimas", disse o magistrado.

No sábado, o ministro espanhol do Interior, Jorge Fernandez Diaz, afirmou que a rede tinha enviado cerca de 50 homens para a Síria. O grupo que "seguia ordens da Al-Qaeda" tinha "duas bases, uma em Ceuta e outra em Fnideq", explicou o ministro.