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Angelina Jolie critica Conselho de Segurança por não combater estupros

A atriz disse que o Conselho da ONU deve "mostrar determinação" para defender as milhares de vítimas de agressões sexuais durante as guerras

Nova York - A estrela de Hollywood Angelina Jolie criticou nesta segunda-feira (24/6) o Conselho de Segurança da ONU por sua falta de ação contra os estupros ocorridos em tempos de guerra, evocando, entre outras coisas, os conflitos na Síria e República Democrática do Congo, em um discurso surpresa ante os 15 membros do organismo.

[SAIBAMAIS]A atriz foi ao Conselho depois de visitar campos de refugiados de sírios na Jordânia, onde relatou ter conversado com uma mulher que foi estuprada na Síria e que tem medo de ser morta se denunciar o crime. Jolie também contou que em outra viagem à República Democrática do Congo, havia conversado com a mãe de uma menina de cinco anos, cuja filha tinha sido estuprada em frente a uma delegacia.

"As duas foram vítimas de uma cultura da impunidade. Essa é a triste, preocupante e vergonhosa realidade", declarou. "Entendo que haja muitas coisas difíceis a serem discutidas no Conselho de Segurança, mas a violência sexual em conflitos deveria ser uma delas", acrescentou. O Conselho adotou uma resolução que condena o uso da violência sexual em conflitos. E o chefe da diplomacia britânica, William Hague, disse que organizará uma nova reunião sobre o tema na Assembleia Geral da ONU, que será realizada em setembro.