Huntsville - O Texas deve executar na quarta-feira (25/6), em Huntsville, seu condenado à morte número 500 desde o restabelecimento da pena capital nos Estados Unidos em 1976, um recorde em um país onde esse castigo tende a retroceder. Se não for adiada na última hora, Kimberly McCarthy, uma mulher negra de 52 anos, será executada por injeção letal em Walls Unit, uma prisão no centro de Huntsville.
Ela foi condenada pela morte violenta de uma idosa em 1997, durante um roubo no condado de Dallas. Se a execução for confirmada, os militantes contrários à pena de morte preveem uma grande manifestação em frente à prisão. A execução de quarta-feira será a décima sétima nos primeiros seis meses deste ano em escala nacional, contra 42 em 2012. "Prevemos que o número de execuções nos Estados Unidos volte a cair este ano e que as condenações também continuem diminuindo", disse Richard Dieter, diretor do Centro de Informação sobre a Pena de Morte (DPIC).
Os tribunais dos EUA optam cada vez menos pela pena de morte, mas as pesquisas de opinião mostram apoio constante dos norte-americanos à pena de morte, entre 60 e 65% de opiniões favoráveis, segundo Robert Blecker, professor de direito em Nova York. O Texas é responsável por um terço das 1.336 execuções realizadas nos Estados Unidos desde 1976. Atualmente, 3125 condenados estão nos corredores da morte nos Estados Unidos.