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Cuba comemora diálogo com EUA sobre Correios, mas quer fim do embargo

Ambos os países vão se reunir para tratar de temas migratórios em 17 de julho

WASHINGTON - Cuba considerou "proveitoso" o diálogo iniciado esta semana com os Estados Unidos para tentar restabelecer o serviço de correio direto entre ambos os países.

O governo de Cuba enfatizou, porém, que não haverá avanços se o embargo contra a ilha continuar, afirmou a delegação caribenha nesta quarta-feira.

Cuba "deu as boas-vindas a essas conversas e descreveu como proveitoso o diálogo entre funcionários dos Correios cubanos e americanos", de acordo com uma nota divulgada pela seção de Interesses de Cuba em Washington.

Funcionários do Departamento de Estado e do Serviço Postal americano se reuniram na terça e nesta quarta com representantes do governo de Cuba para uma discussão técnica. Segundo as autoridades, não há mudanças na política de Washington para Havana.

O Departamento de Estado não comentou o encontro.



O serviço postal entre os dois países foi interrompido em 1963, pouco depois da entrada em vigor do embargo contra a ilha comunista.

A última vez que ambos os países retomaram esse diálogo foi em 2009, em Havana, mas a detenção do funcionário terceirizado americano Alan Gross, em dezembro desse ano, levou a uma nova interrupção.

Nas conversas, a delegação cubana enfatizou que os avanços para a implementação de um serviço postal "estável, de qualidade e seguro" sob padrões internacionais entre os dois países não será possível enquanto continuarem existindo os "obstáculos" causados pelo embargo, segundo o comunicado.

Os americanos podem enviar correspondência para cubanos, por meio de outros países, e com restrições.

Ambos os países vão se reunir para tratar de temas migratórios em 17 de julho.