Damasco - A oposição síria indicou nesta quarta-feira (19/6) que manterá a guerra para derrubar Bashar al-Assad na ausência de uma solução política que prevê sua saída, enquanto as tropas do regime, com o apoio do Hezbollah libanês, reforçam a pressão sobre os rebeldes nas proximidades de Damasco.
De acordo com militantes, as forças governamentais tentam esmagar a rebelião nos arredores da capital com o objetivo de cortar as linhas de abastecimento dos redutos rebeldes. "A situação humanitária é grave. O regime tenta testar a força dos rebeldes com o objetivo de avançar para o sul da capital", afirmou o ativista Matar Isma;l via internet.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos(OSDH) registrou combates e bombardeios em Zayabiya e Babila, duas localidades rebeldes onde convivem sunitas e xiitas, localizadas perto de Sayeda Zeinab, local de culto xiita no sudeste da capital onde "os combatentes do Hezbollah estão presentes em grande número", segundo a ONG. O Hezbollah, aliado de Damasco, afirma que combate na Síria para impedir a queda do regime de Bashar al-Assad e defender os locais sagrados xiitas.
O movimento xiita desempenhou um papel determinante na reconquista, em 5 de junho, da cidade estratégica de Qousseir, na fronteira com o Líbano, e seu líder, Hassan Nasrallah, declarou na sexta-feira que o seu movimento continuará envolvido no conflito.
Seus homens e os membros da brigada Abu al-Fadel Abbas, uma milícia pró-regime formada em sua maioria por xiitas sírios e combatentes estrangeiros xiitas, têm um papel-chave nos combates nos arredores de Damasco, segundo Isma;l. O Al-Manar, o canal de televisão do Hezbollah, indicou que o Exército avança em direção a Zayabiya.
Os rebeldes mantêm sua retaguarda nas localidades ao sul da capital, e sua eventual derrota nesta região colocaria em risco os insurgentes entrincheirados nos bairros do sul de Damasco.
Neste contexto, o presidente americano, Barack Obama, se negou nesta quarta a explicar o formato da ajuda americana prometida aos rebeldes sírios, depois que os dirigentes americanos deram a entender que, possivelmente, haverá um acerto quanto ao fornecimento de armas ilegais.
"Todos os meios, inclusive militar"
Após mais de dois anos de um conflito que já deixou mais de 93.000 mortos e 1,6 milhão de refugiados, segundo a ONU, a oposição expressou reservas quanto a sua participação na conferência de paz Genebra 2, dando preferência à opção militar até a saída de Assad.
Esta reunião, proposta por Washington e Moscou e defendida pelo G8, tem por objetivo reunir a comunidade internacional junto a representantes da oposição e do regime em vista de uma solução política para o conflito.
Mas Moscou, aliado de Damasco, já alertou que esta conferência não deve significar a "capitulação" do regime. "Estamos comprometidos a aceitar qualquer solução que acabe com o banho de sangue e permita concretizar as aspirações do povo sírio com a queda do regime de Assad", afirmou a oposição em um comunicado divulgado em Beirute.
Para isso, a oposição se reserva o "direito de utilizar todos os meios, incluindo a ação militar", completa o comunicado, que acusa Assad de ser "a única fonte de terrorismo na Síria".
Nas Colinas de Golã, após a saída das tropas canadenses, japonesas, croatas, e o início da retirada dos austríacos, o governo filipino indicou que manterá seus 300 capacetes azuis membros da Força de Observação de Desocupação nas Colinas de Golã (Fnuod) até o mês de agosto, depois de ter retirado 25 deles nos últimos meses. Enquanto isso, o conflito continua a ter repercussões no vizinho Líbano, onde um imã sunita salafista ameaçou o Hezbollah com uma ação militar na região de Saida (sul) no dia seguinte a combates que deixaram um morto.
De acordo com militantes, as forças governamentais tentam esmagar a rebelião nos arredores da capital com o objetivo de cortar as linhas de abastecimento dos redutos rebeldes. "A situação humanitária é grave. O regime tenta testar a força dos rebeldes com o objetivo de avançar para o sul da capital", afirmou o ativista Matar Isma;l via internet.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos(OSDH) registrou combates e bombardeios em Zayabiya e Babila, duas localidades rebeldes onde convivem sunitas e xiitas, localizadas perto de Sayeda Zeinab, local de culto xiita no sudeste da capital onde "os combatentes do Hezbollah estão presentes em grande número", segundo a ONG. O Hezbollah, aliado de Damasco, afirma que combate na Síria para impedir a queda do regime de Bashar al-Assad e defender os locais sagrados xiitas.
O movimento xiita desempenhou um papel determinante na reconquista, em 5 de junho, da cidade estratégica de Qousseir, na fronteira com o Líbano, e seu líder, Hassan Nasrallah, declarou na sexta-feira que o seu movimento continuará envolvido no conflito.
Seus homens e os membros da brigada Abu al-Fadel Abbas, uma milícia pró-regime formada em sua maioria por xiitas sírios e combatentes estrangeiros xiitas, têm um papel-chave nos combates nos arredores de Damasco, segundo Isma;l. O Al-Manar, o canal de televisão do Hezbollah, indicou que o Exército avança em direção a Zayabiya.
Os rebeldes mantêm sua retaguarda nas localidades ao sul da capital, e sua eventual derrota nesta região colocaria em risco os insurgentes entrincheirados nos bairros do sul de Damasco.
Neste contexto, o presidente americano, Barack Obama, se negou nesta quarta a explicar o formato da ajuda americana prometida aos rebeldes sírios, depois que os dirigentes americanos deram a entender que, possivelmente, haverá um acerto quanto ao fornecimento de armas ilegais.
"Todos os meios, inclusive militar"
Após mais de dois anos de um conflito que já deixou mais de 93.000 mortos e 1,6 milhão de refugiados, segundo a ONU, a oposição expressou reservas quanto a sua participação na conferência de paz Genebra 2, dando preferência à opção militar até a saída de Assad.
Esta reunião, proposta por Washington e Moscou e defendida pelo G8, tem por objetivo reunir a comunidade internacional junto a representantes da oposição e do regime em vista de uma solução política para o conflito.
Mas Moscou, aliado de Damasco, já alertou que esta conferência não deve significar a "capitulação" do regime. "Estamos comprometidos a aceitar qualquer solução que acabe com o banho de sangue e permita concretizar as aspirações do povo sírio com a queda do regime de Assad", afirmou a oposição em um comunicado divulgado em Beirute.
Para isso, a oposição se reserva o "direito de utilizar todos os meios, incluindo a ação militar", completa o comunicado, que acusa Assad de ser "a única fonte de terrorismo na Síria".
Nas Colinas de Golã, após a saída das tropas canadenses, japonesas, croatas, e o início da retirada dos austríacos, o governo filipino indicou que manterá seus 300 capacetes azuis membros da Força de Observação de Desocupação nas Colinas de Golã (Fnuod) até o mês de agosto, depois de ter retirado 25 deles nos últimos meses. Enquanto isso, o conflito continua a ter repercussões no vizinho Líbano, onde um imã sunita salafista ameaçou o Hezbollah com uma ação militar na região de Saida (sul) no dia seguinte a combates que deixaram um morto.