[SAIBAMAIS]A Casa Branca endureceu a posição em relação ao regime sírio na semana passada e acusou Damasco pela primeira vez de ter utilizado armas químicas, principalmente o gás sarin, na guerra contra os rebeldes. Segundo Washington, entre 100 e 150 pessoas morreram em ataques químicos em um ano. Sobre isso, Assad respondeu: "De um ponto de vista militar, as armas convencionais podem matar em apenas um dia um número muito maior" do que essas 100 ou 150 pessoas.
"É irracional empregar armas químicas para matar um número de pessoas que podem ser mortas por armas convencionais", argumentou. Bashar al-Assad criticou principalmente a França e a Grã-Bretanha que, "com as Nações Unidas, procuram lacaios e fantoches que agem por seus interesses". "Sempre fomos independentes e livres. A França e a Grã-Bretanha são historicamente potencias coloniais. Elas não esqueceram verdadeiramente este passado", segundo ele.
O vice-ministro das Relações Exteriores, Faisal Meqdad, também declarou nesta segunda-feira que querer armas os rebeldes é "chamar a morte". Durante a cúpula do G8, os países ocidentais querem tentar garantir concessões sobre a Síria por parte do presidente russo, Vladimir Putin, mais determinado do que nunca a prosseguir com o seu apoio ao regime de Damasco.
As forças do regime sírio, apoiadas pelo movimento xiita libanês do Hezbollah, reconquistaram em 5 de junho o controle da cidade estratégica rebelde de Qousseir, na província central de Homs. Na semana passada, o chefe da diplomacia francesa Laurent Fabius lamentou a progressão no terreno das tropas do regime, considerando que "se o equilíbrio de forças no terreno não for restabelecido" em favor dos rebeldes, a conferência de paz Genebra-2 estará comprometida.