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China nega espionagem de ex-consultor de inteligência dos EUA para Pequim

O governo chinês pouco se pronunciou desde a explosão do caso Edward Snowden. Segundo uma pesquisa, metade da população de Hong Kong não deseja a extradição

Pequim - O ministério chinês das Relações Exteriores considerou nesta segunda-feira (17/6) "completamente infundadas" as alegações de que o ex-consultor de inteligência americano Edward Snowden espionou para a China. "Penso que é completamente infundado", disse Hua Chunying, a porta-voz do ministério, ao ser questionada sobre as notícias de que Snowden teria sido informante da China antes de viajar para Hong Kong.



"Seria uma perda de prestígio tanto para o governo de Hong Kong como para o governo central chinês se Snowden fosse extraditado", advertiu o Global Times. "O crescente poder da China atrai as pessoas que pedem asilo", destaca o jornal, que considera a situação "inevitável e que deve servir para acumular prestígio moral".

O governo chinês pouco se pronunciou desde a explosão do caso. Segundo uma pesquisa divulgada no domingo (16/6), metade da população de Hong Kong não deseja a extradição. Hong Kong, onde a justiça é independente, se beneficia de uma certa autonomia sob a tutela da China e tem um acordo de extradição com os Estados Unidos, mas Pequim tem direito de veto.

Edward Snowden, refugiado desde 20 de maio em Hong Kong, está sendo investigado pelo FBI, mas até o momento não foi apresentado um pedido oficial de extradição.